Os convidados para a mesa de diálogo: Fernando Micheloti (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará – UNIFESSPA, Campus de Marabá – PA), Nívea Regina (Representante Setor Educação do MST), Paulo Lopes (NACE-PTECA), Fernando Franco (Coordenador do curso de Agronomia com ênfase em Agroecologia na UFSCar Sorocaba), Paulo Kageyama (Prof ESALQ, coordenador NACE-PTECA), Lisete Arelaro (Faculdade de Educação-USP) e Nivea Regina (MST).
Em síntese, destaca-se os seguintes pontos que alimentaram as discussões:
1. Quais os objetivos de um curso no campo da Agroecologia, Reforma Agrária e Sociedades Sustentáveis?
– Formar sujeitos (no campo das ciências agrárias) com embasamento do panorama , totalidade, da práxis e da ciência e tecnologia;
– Formar quadros para atuar no contexto urbano e rural; – Formar profissionais para atuar com a temática (ATER, CATI, INCRA…);
2. Quais as vantagens e desvantagens de optar-se por um curso de especialização ou mestrado?
Mestrado profissionalizante: – Corpo docente grande e conciso; – Denso em conteúdo; – Grande burocracia na Usp; – Necessário processos contínuos (administrativos, ingressos, etc); – Demanda dos movimentos sociais que possibilita a disputa de entrada de docentes neste campo nas Universidades; – Proficiência em língua estrangeira é uma questão que dificulta o ingresso;
Graduação: – Demanda dos movimentos sociais; Educação, Agroecologia e Reforma Agrária para a construção de Sociedades Sustentáveis Encontro para a elaboração participativa de especialização ou mestrado profissionalizante na ESALQ/USP – Garante Crea e outros tipos de atribuições; – Possibilidade de contratar docentes; – Concurso público de docentes pode ser uma solução ou um problema; – Vínculo contínuo na Universidade; – De todas as propostas é a mais desafiadora; – Necessita de uma força política institucional; – O perfil do profissional que tem essa visão sistêmica e complexa necessita de um longo tempo de formação; Especialização: – Flexibilidade burocrática; – Autonomia curricular; – Menor carga horária; – Possibilidade de parceiros externos e internos; – Pouco recurso e estrutura; – Processo seletivo mais flexível;
3. Quais públicos?
Diversos movimentos (militantes); Professores da Educação do Campo; Profissionais
4. Quais características metodológicas?
– Criar comissões político pedagógicas junto com os movimentos; – Tempo escola ser curto, 30 dias é exaustivo; – Partir das demandas concretas dos sujeitos; – Ter autogestão e coletividade; – Método pela totalidade e práxis, – Focar as disciplinas nas questões da realidade; – Espaço também forma, atentar para esta questão; – Acompanhamento do tempo comunidade junto aos movimentos e parceiros; – Conciliar o tempo escola em convivência com o público universitário geral; – Legitimar a presença dos estudantes com a carterinha, uso da biblioteca, alojamento e refeitório; – Questões sobre relação entre homem e natureza e capital e trabalho devem ser abordada não somente como disciplina mas enquanto método; Educação, Agroecologia e Reforma Agrária para a construção de Sociedades Sustentáveis Encontro para a elaboração participativa de especialização ou mestrado profissionalizante na ESALQ/USP